domingo, 15 de maio de 2011

ESTRUTURA QUE GERA RUPTURA


A Manutenção de uma estrutura eclesiástica tem um custo elevado e proporcional ao seu tamanho, com pagamento de aluguéis, aquisição de imóveis e outros bens, construção civil, contratações e folha de pagamento. Além disso, desmotiva o trabalho voluntário, pois de um lado há aqueles que preferem pagar para que os outros façam, e, de outro lado, há aqueles que acham que quem é pago é que tem a obrigação de fazer e ambos não se envolvem diretamente. A profissionalização da fé se sobrepõe ao voluntariado, criando-se inclusive uma carreira profissional.
Segundo depoimento do Pastor Jame Nobre, de Jundiaí – SP, hoje em dia há três fatores que estão muito presentes nas rodas de conversa entre os pastores: Tamanho do Templo, a quantidade de membros e o saldo da conta bancária. Cada um faz seu balanço de como encontrou a igreja e qual evolução apresentou como marca de seu sucesso à frente dela. Mas parece uma conversa entre empresários. Se no entanto colocarmos esses três fatores  para medir o sucesso de JESUS, ficaremos decepcionados. Ele não construiu nenhum edifício; nada que usava era dele mesmo. Se medirmos a quantidade de seus seguidores no momento final, o da cruz, poucos sobraram. Quanto à administração financeira, escolheu um ladrão para tesoureiro. Sob este ponto de vista, alguém está com o fracasso; ou JESUS, ou os pastores atuais.
O mais grave é que, além de um encargo pesado, o dinheiro não é investido na finalidade principal da igreja mas, sim, na sua automanutenção, para sustentação da estrutura criada.
Ao demonstrar à sociedade o seu poder temporal através de seu patrimônio, estimula-se o orgulho de se pertencer a tal denominação como um sinal de sucesso. É um processo semelhante de se torcer pelo melhor time de futebol, de se morar na melhor cidade, no melhor bairro, na melhor casa. De se ter o melhor emprego, o melhor carro e cursar a melhor faculdade. São atributos de uma sociedade que faz no maligno e que se inserem dentro da igreja. Daí o cristão ter orgulho de pertencer à determinada denominação: “graças te dou, Senhor, por não ser  como esses pecadores; dou o meu dízimo, jejuo...”. Este fatos também propiciam uma luta interna pelo poder, pois muitos querem ser proeminentes numa instituição poderosa.

Por Pedro Arruda.

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