É muito bom termos o hábito de nos avaliarmos periodicamente em cada etapa e em cada situação de nossa vida. Analisando os fatos de nossas vidas vemos que toda faculdade que se presta a formar profissionais divide seus cursos em períodos para melhor avaliar seus alunos, e ao final de cada período somos avaliados, a instituição não espera o final do curso para avaliar os alunos e assim acontece também em nosso ensino fundamental e médio. São divididos em séries e em cada ano você é avaliado, e ainda assim o período de um ano é dividido em quatro unidades. Com isso a avaliação periódica nos livra de surpresas e nos livra de situações embaraçosas.
A Bíblia, principalmente nos evangelhos, faz referencia a diversas classes de pessoas, às vezes fala de fariseus, sacerdotes, doutores da lei, e de diversas classes de pessoas que viviam com Jesus e que viveram com Jesus, e hoje, vamos nos concentrar em duas classes de pessoas que conviviam com Ele.
- Multidão
- Discípulos
A primeira coisa que compreendemos é que a palavra de Deus deixa claro que uma parte das pessoas são os discípulos e a outra parte é a multidão.
E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; – Mateus 5:1
O texto deixa claro que Jesus viu a multidão e em seguida aproximou-se dos discípulos. Uma coisa é a multidão e a outra são os discípulos.
E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor. Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara. – Mateus 9:36-38
No texto acima, fica claro que Jesus diferencia as duas classes, ele distinguia de maneira clara os discípulos e a multidão.
Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos, – Mateus 23:1
Neste trecho Mateus poderia ter escrito: “então falou Jesus”, mas o Espírito Santo faz questão de destacar a diferença.
Outros exemplos:
E, descendo com eles, parou num lugar plano, e também um grande número de seus discípulos, e grande multidão de povo de toda a Judéia, e de Jerusalém, e da costa marítima de Tiro e de Sidom; os quais tinham vindo para o ouvir, e serem curados das suas enfermidades. – Lucas 6:17
E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos, e uma grande multidão; – Lucas 7:11
Fica claro que o Espírito Santo quer ressaltar que uma coisa são os discípulos e a outra é a multidão.
Jesus não tinha só 12 discípulos, Ele tinha muitos e em determinado momento escolheu 12 e os chamou de apóstolos (enviados).
O que o Espírito quer falar conosco é na verdade, fazer uma pergunta muito séria pra nós e que o Senhor não quer que nós respondamos, mas que tenhamos a coragem de perguntar a Ele.
Senhor, eu estou entre os discípulos ou estou entre os que fazem parte da multidão?
O Senhor quer nos desafiar a nos avaliarmos a partir desta pergunta.
Podemos achar que por estar a tanto tempo congregando e somos discípulos, mas vamos ver atitudes da multidão que nos confunde e nos faz achar que eles são discípulos, mas a palavra fala que não são!
Algumas atitudes que podemos ver na multidão
A multidão se maravilhava com o ensino de Jesus;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda. E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; – Mateus 7:28-29
Muitas vezes acontece com algumas pessoas hoje, que acham bonito, que acham maravilhoso, mas isso não significa que esta pessoa está entre os discípulos. Devemos nos maravilhar com os ensinos? Sim! Mas isso não deve determinar que somos discípulos.
A multidão se admirava do poder de Jesus
E, havendo-se eles retirado, trouxeram-lhe um homem mudo e endemoninhado. E, expulso o demônio, falou o mudo; e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel. – Mateus 9: 32-33
Admiravam os prodígios e reconheciam que Jesus tinha poder. Reconhecemos que Deus tem poder mas não é suficiente
A multidão glorificava a Deus
Partindo Jesus dali, chegou ao pé do mar da Galiléia, e, subindo a um monte, assentou-se lá. E veio ter com ele grandes multidões, que traziam coxos, cegos, mudos, aleijados, e outros muitos, e os puseram aos pés de Jesus, e ele os sarou, De tal sorte, que a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o Deus de Israel. – Mateus 15:29-31
A multidão não é mal agradecida, ela glorifica a Deus logo depois que recebe algo. Ser grato não é suficiente.
A multidão desejava a presença de Jesus
E, sendo já dia, saiu, e foi para um lugar deserto; e a multidão o procurava, e chegou junto dele; e o detinham, para que não se ausentasse deles. Ele, porém, lhes disse: Também é necessário que eu anuncie a outras cidades o evangelho do reino de Deus; porque para isso fui enviado. E pregava nas sinagogas da Galiléia. – Lucas 4:42-44
Existem pessoas as quais não gostamos de estar com elas, não gostamos de sua presença. Uma pessoa que normalmente não gostamos de estar com ela é porque sua presença traz peso ou incômodo, mas a presença de Jesus não trazia peso. A multidão gostava de estar perto.
A multidão glorificava e adorava o nome de jesus
E muitíssima gente estendia as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. E a multidão que ia adiante, e a que seguia, clamava, dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas! E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este? – Mateus 21: 8-11
Glorificar a Deus não é suficiente
A multidão cria que Jesus era poderoso
E muitos da multidão creram nele, e diziam: Quando o Cristo vier, fará ainda mais sinais do que os que este tem feito? – João 7:31
Vivemos momentos em que a fé tem sido instigada, “você precisa colocar a sua fé em ação”. O problema não está na fé. Sem fé é impossível agradar a Deus mas só fé não é suficiente. Muitos dizem que tem fé em Deus, mas não é suficiente
A multidão ofertava
E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito. – Marcos 12:41
Entregavam seus dízimo e ofertas. É importante ser fiel mas não é suficiente;
A multidão se esforçava para estar com Jesus
E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho. – Mateus 15:32
Esforçavam-se muitas vezes mais do que os discípulos, passavam pelo deserto sem comer e provavelmente chegavam a beira da morte.
Tudo isso é importante mas, não são fatores determinantes. Não podem determinar se sou discípulo de Jesus ou não. Ser discípulo é muito mais que ter algumas condutas e posturas que assumimos. Alguns comportamentos são muito mais que isso e apesar apresentar todas estas atitudes acima citadas, Jesus os classificou como multidão
Tudo isso é pratica importante, mas o Espírito quer declarar que isso não é suficiente, o foco da questão é quem governa minha vida, esse é o cerne – “quem governa minha vida?”
Isso ficou claro na passagem do jovem rico. Talvez o jovem rico estivesse entre a multidão, mas de maneira clara Jesus colocou aquele jovem à prova para definir sua decisão.
Leia Marcos 10:17-22
Vemos que o jovem faz muitas coisas, mas Jesus ainda diz que uma coisa ainda faltava… e o homem não conseguiu deixar.
Esta pergunta não à para ficarmos com raiva.
Devemos perguntar ao senhor: “Sou discípulo ou multidão?”
Jesus permitiu que aquele jovem fosse avaliado, a intenção não foi humilhar nem constranger, mas Ele queria que aquele jovem tivesse a oportunidade de ajustar o seu rumo. É isso que o Espírito quer de nós. Jesus parou de explicar e pediu pra ele aplicar em sua vida…
Existe uma diferença entre explicar o Reino e aplicar o reino!
Tudo isso é importante, mas a multidão passa bem por esta avaliação. Precisamos aplicar estas coisas.
Alguns irmãos recebem bem a explicação, mas na hora de aplicar, fica difícil!
Ex. No domingo temos uma palavra sobre perdão, e o irmão concorda e acha clara a palavra, mas na segunda-feira se encontra em uma situação em que precisa perdoar, e o irmão trava…
Quando somos vencidos pela curiosidade é sinal de que não está aplicando o reino. Nestas situações Deus está permitindo que sejamos avaliados. Nestas situações Jesus mostra onde precisamos nos ajustar.
O Senhor nos desafia a perguntarmos a Ele: “Estou há tanto tempo aqui, mas eu sou discípulo ou estou na multidão?”
Sou discípulo ou estou na multidão? Quem governa minha vida?
Leia João 6:66-69
Talvez já tenhamos convicção de que somos discípulos, mas podemos estar cansados e querendo deixar o caminho. A palavra mostra discípulos se desviando e Jesus pergunta se os apóstolos se eles não querem acompanhar!
Muitas vezes somos discípulos, em outros momentos não somos. Existe época em nossa vida que ficamos em duvida, mas precisamos confirmar e dizer ao senhor que só ele tem a vida eterna a conduta de um discípulo significa ele ter um dono, ter um governos e não poder fazer nada sem ouvir a voz de Jesus… Isso é ressaltar o governo do Senhor.
O Espírito nos desafia a perguntar, sou se somos discípulos. Ou se o Senhor. Já falou, devemos declarar que somos discípulos. Devemos colocar nossa vida diante do senhor e saber que não estamos no fim, ainda há tempo pra ajustar o curso.
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