domingo, 22 de maio de 2011

O QUE FOI PERDIDO NAS IGREJAS PELOS MINISTÉRIOS.

 

Senhor nos fala de coisas que as igrejas da Ásia perderam:

Éfeso - primeiro amor (Ap. 2:4) - Isso fala da forma como nos comportávamos, quando nos encontramos com o Senhor Jesus, a intensidade, o zelo, e também fala do lugar que Jesus ocupa em nossa vida - não há nada que amamos acima dele. Ele é o nosso primeiro amor.
Pérgamo - pureza doutrinária (Ap. 2:14) - A igreja deixou entrar em seus ensinamentos muita coisa que nem Jesus, nem os apóstolos ensinaram.
Hoje as pregações apontam para a felicidade humana como a grande conquista. O bem estar, como a grande meta. O hedonismo motiva muitos púlpitos. O imediatismo e o sucesso humanos passaram a ser a tônica dos sermões. Temos perdido o sentido de pureza na linguagem e na palavra. Afirmamos coisas que o Senhor não afirma e não afirmamos aquilo que Ele afirma. Damos ênfase ao que o Senhor não enfatiza e enfatizamos aquilo que ele não enfatiza. Achamos, portanto, lugar para divisões e contendas porque não pregamos a sã doutrina (Tt. 2).
Tatira - padrão de santidade (Ap. 2:20) - A Igreja está vivendo uma crise que eu chamo de fronteira seca - são aquelas divisas internacionais que não têm um marco visível que determina onde começa ou termina um país - como Brasil e Bolívia em Corumbá, como Brasil e Uruguai e outros. Hoje está difícil saber onde termina a igreja e começa o mundo. A fronteira tem sido apagada, tem perdido sua função de separar uma nação da outra.
Sardes - a vida (Ap. 3:1) - A vida da Igreja é o Espírito Santo. As pessoas da Igreja no geral têm perdido a direção, o mover do Espírito Santo em sua vida privada. Espera-se o mover de Deus nos cultos, mas não se busca um mover de Deus no dia-a-dia, nas pequenas decisões - daí que muitos têm o nome de vivos mas estão mortos.
Laodicéia - o calor e as vestes (Ap. 3:16) - o afeto, a paixão por Jesus tem sido trocados por outras paixões. Temos nos tornados céticos e frios no nosso relacionamento com o Senhor. As orações perderam a intensidade e o compromisso. Somos mais razão e menos coração no nosso contato com o Senhor. As vestes representam a nossa cobertura - a vida de Deus sobre nós quando andamos em submissão. Se somos sujeitos a Ele, vamos resistir ao diabo e esse vai fugir de nós. O Senhor nos cobrirá. As vestes também apontam para aquilo que as pessoas vêem em nós. Isso fala do nosso testemunho. Não é tanto o que tentamos mostrar, mas é aquilo que somos no dia-a-dia, dentro de nossa casa. Os nossos pais, esposa ou filhos devem olhar para nós e ver a santidade, a pureza, a vida de Jesus - a nossa veste de linho fino, as nossas obras de Justiça.
Hoje a igreja é o reflexo daquilo que são as famílias. Uma viagem de carro de casa para o local de reunião não tem o poder de transformação como pode parecer, pois somos uma coisa em casa e outra diferente no ambiente de culto. Como numa esquizofrenia diabólica vivemos duplas personalidades. E isso veio porque conseguimos dividir o indivisível. Separamos a vida da família da vida da igreja. Passamos a adotar prática de vida diferenciada. Quando estamos no ambiente da família não temos a mesma atitude que quando estamos com os irmãos. Esquecemos que quando houver dois ou três reunidos no nome do Senhor, ali ele estará. Esquecemos que antes de sermos marido e mulher, pais e filhos, irmãos e irmãs, somos filhos de Deus e devemos viver como tal, para que as nossas orações não sejam interrompidas. Muita oração é interrompida por causa da duplicidade de vida.
Igreja na casa é a consciência de que somos pessoas espirituais e se antes nos conhecíamos segundo a carne agora nós nos vemos segundo Deus.
Igreja na casa é a transformação da vida de família em um ambiente de manifestação da vida de Deus e a conseqüente atração que a vida de Cristo opera naqueles que o encontram.
Por último e como paradigma indispensável, temos que obedecer à última ordem de Jesus, que foi o fazer discípulo. Uma igreja não pode subsistir como igreja sem cumprir esse mandamento do Senhor. Não podemos pensar no fazer discípulos como se fosse ministério de alguns, ou aceitar a esterilidade como algo normal. É mandamento do Senhor que cada filho dele faça discípulos. Isso implica na prática do discipulado pelos pais da igreja na casa e sobre eles. Cada chefe de família deve estar em íntima unidade com quem cuida de sua vida, sendo discípulo, para que possa fazer discípulos dentro de casa. Não se pode cobrar algo de outros quando não se pratica aquilo que exigimos.
Não defendo uma estrutura hierárquica, mas defendo a paternidade que deve ser reconhecida na Igreja. Cada um de nós foi gerado por alguém ou foi adotado por alguém que reconhecemos como pai. O discipulado é a adoção de pessoas como filhos e não é algo onde o discípulo é servo do discipulador, assim como a igreja não é serva de seus presbíteros. Ao contrário, aquele que cuida é servo do que é cuidado.

Que o Senhor nos abençoe e nos faça avançar no Seu querer.

Em Cristo, nosso Senhor e Dono.

Jamê Nobre

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